DR. IVAN DE PICOLLI DANTAS PROMOVE CIRURGIA INÉDITA - São Lucas Saúde
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DR. IVAN DE PICOLLI DANTAS PROMOVE CIRURGIA INÉDITA

Intervenção menos agressiva usa o nariz como canal para operar o crânio. Confira... 29 abr 2011

O Otorrinolaringologista Ivan de Picolli Dantas realizou no último dia 13 uma cirurgia inédita em Americana. O procedimento, denominado endoneurocirurgia, foi feito em mulher de aproximadamente 40 anos para fechar duas fistulas liquóricas (passagem entre o nariz e crânio). A intervenção foi necessária após a paciente ter tido um tumor intracraniano.

Se não fosse por meio desta técnica, a paciente possivelmente teria tido a cabeça aberta e o cérebro retirado para o fechamento das passagens. Este é o procedimento normal adotado pela grande maioria dos médicos no Brasil. “Eu não diria que o risco é maior, mas as morbidades e as complicações são piores”, comentou sobre a diferença do método comum com a endoneurocirurgia.

A cirurgia foi realizada no Hospital São Lucas e durou cinco horas. Também participaram o neurocirurgião, Bernardo Patrocínio, e o otorrinolaringologista de Campinas Rodrigo Teixeira.

Dantas explicou que caso a paciente não realizasse a intervenção, as passagens ficariam drenando o líquor do cérebro para dentro do nariz e que seriam grandes as chances dela ter meningite. “É um desafio, adentrar o crânio via nasal através desse método”, disse.

A cirurgia é realizada com o auxílio de um equipamento chamado neuronavegação – extremamente complexo e caro, tanto que o hospital São Lucas precisou alugá-lo – que permite ao médico navegar e operar dentro do crânio por meio do nariz. “Utilizamos esse equipamento como uma forma de acesso para abrir a comunicação entre o cérebro e o nariz e fechar as passagens” citou Dantas.

PROCEDIMENTO
A paciente tomou anestesia geral e após a cirurgia ficou dois dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para não correr o risco de infecção pós-operatporia, meningite pós-operatória – que é o risco maior – e também não ter nenhuma complicação intracraniana. Domingo, cinco dias após o procedimento, ela já estava em casa.
“Nem dor ela (paciente) tinha, só precisa de repouso absoluto. É uma cirurgia que tem muito menos morbidade, o pós-operatório é muito mais fácil porque não tem cortes aparentes e o paciente não sente dor”, afirmou.

Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), três ou quatro otorrinos fazem essa cirurgia, de acordo com Dantas. “Lógico que como qualquer cirurgia precisamos esperar um tempo para saber se a resposta vai ser satisfatória, por isso, nos próximos seis meses vamos fazer o acompanhamento da paciente” acrescentou.

A técnica serve também para tirar tumores da base do crânio e principalmente tumores de hipófese (uma glândula do tamanho de uma ervilha que, se sofrer qualquer alteração, pode mudar o funcionamento de todo o corpo). Nos Estados Unidos a técnica é usada até para operar aneurisma.

Fonte: Jornal O LIBERAL 27/04 – CADERNO SAÚDE, pág 04.